Decisão tomada na sexta-feira à noite pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), reforça os anseios de José Carlos da Pesca, do PP baiano, e aperta o cerco sobre Acelino Popó de Freitas (PRB-BA), que tomou posse na vaga do ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP-BA), eleito deputado federal. Cármen Lúcia deferiu duas liminares, em mandado de segurança preventivo, mandando empossar os candidatos melhores colocados na suplência de seus partidos, em lugar dos suplentes das coligações. A ministra do STF mandou a mesa diretora da Câmara empossar Carlos Victor da Rocha Mendes (PSB-RJ) na vaga do colega de legenda Alexandre Aguiar Cardoso, nomeado secretário de Ciência e Tecnologia do Rio; e Humberto Souto (PPS-MG), na vaga de Alexandre Silveira, também do PPS, que assumiu um cargo no governo de Minas. O cumprimento da decisão de Cármen Lúcia implicaria a destituição de Alberto Lopes (PMN) e João Bittar (DEM), já empossados pela mesa diretora da Câmara, que entende que a suplência é do mais votado pela coligação e não pelo partido.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), quarto-secretário da Câmara, avisou que vai levar o assunto à reunião da mesa diretora. Para ele, há um sentimento majoritário favorável à suplência pela coligação, já que foi com base nesse resultado que os Tribunais Regionais Eleitorais reconheceram e diplomaram os parlamentares. A Câmara tem dez dias para prestar informações ao Supremo sobre o cumprimento da decisão.
[Ludmilla Duarte, da Sucursal Brasília de A TARDE]
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