Fundações patidárias terão R$ 62 BI este ano.
As fundações ligadas a partidos políticos e bancadas com dinheiro público e sem fiscalização da Justiça Eleitoral terão orçamento recorde de R$ 60,2 milhões em 2011. De acordo com a lei, as entidades só deveriam gastar com atividades como cursos de formação política e publicação de livros doutrinários, mas na prática chegam a ser usadas até para bancar despesas eleitorais. A maior parte delas não tem sede própria, usa os recursos com pouca transparência e entrega sua gestão a políticos sem mandato. Das cinco mais ricas, só a Perseu Abramo, do PT, tem sede própria e seu orçamento saltará para R$ 9,6 milhões. A Fundação Ulysses Guimarães (PMDB), Liberdade e Cidadania (DEM) e o Instituto Antonio Vilela (PSDB) usam salas do Senado, e pagam uma taxa simbólica em torno de R$ 4 mil, que inclui serviços de limpeza e telefonia. Já o Instituto Alvaro Valle do PR, que terá R$ 4,4 milhões, diz funcionar no mesmo endereço da legenda. Os quadros de pessoal também são desproporcionais ao caixa das entidades. A dos tucanos, que terá R$ 6,8 milhões, tem apenas sete funcionários, e a do democratas, com 4,4 milhões, tem quatro. As fundações mais ricas são presididas por políticos derrotados nas últimas eleições: Nilmário Miranda (PT), Eliseu Padilha (PMDB), Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB), Alfredo Nascimento (PR) e José Carlos Aleluia (DEM). Informações do Folha On Line.
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