TERMINEI MEU MANDATO DE PRESIDENTE

Terminarei o mandato de presidente como iniciei. No dia da posse fui provocado agressivamente com discursos no plenário e manifestações na galeria por pessoas insatisfeitas com a minha eleição para vereador e mais ainda para presidente. Encerrei a sessão sem fazer pronunciamento.



Não levamos em consideração o comportamento de vereadores, nos gabinetes recuperamos os aparelhos de ar-condicionado, substituímos computadores que estavam superados, substituímos móveis, demos apoio ao salário proposto para os assessores dos mesmos, tentamos reformar a Câmara.


Existia somente um veículo, autorizamos licitação para compra de mais um. A insatisfação dos vereadores que me elegeram presidente começou porque não era autorizado o uso dos veículos nem liberação de diárias sem fundamentar em formulário próprio. Implantamos a mesma política de quando estávamos no governo do município, não abrimos mão da transparência.


Para eleição a presidente tinha maioria dos vereadores, caso contrário não teria sido eleito, mas logo passei a ter só um, Nena Passos, o vereador que não se vende. Os vereadores Magnolito Palmeira Cabral, José Carlos Bispo dos Santos e Aloísio Teixeira Mendes passaram a apoiar o governo. O vereador Jaldo Coutinho Brandão renunciou a liderança do governo porque não aceitou o desmando e apoiou a moralidade na Câmara, o que foi muito bom para minha gestão, contei com a experiência que o mesmo tem como legislador.


Na sessão do dia 09/12/10 para escolha do novo presidente, o clima era o mesmo do dia da posse. Os seis vereadores, encheram a galeria de pessoas para tumultuar. Suspendi por dez minutos, ao retornar o tumulto continuou, resolvi encerrar, mas troquei a palavra por “suspensa”, foi muito bom porque a sessão foi reaberta e realizada a eleição da nova Mesa.


Foi eleito presidente da Câmara o vereador Raimundo Menezes Moreira, mas o pré-candidato anunciado pelas pessoas ligadas ao governo do município era o vereador Francisco Oliveira Ferreira que agrediu o Tribunal de Contas dos Municípios. O vereador Raimundo Menezes Moreira apoiou a agressão, disse também que nosso governo foi corrupto e que a palavra do vereador é inviolável.


Decidi pela primeira vez montar um escritório político para os próximos dois anos porque junto com a família ipiauense quero continuar fiscalizando o desmando da administração do município e também as contas da Câmara, comparando as despesas mês a mês com as da nossa gestão. Se nos próximos dois anos não continuar a transparência e eu não tiver condição de fazer o meu papel de vereador, confio no Ministério Público, mas o presidente eleito Raimundo Menezes Moreira antecipou que vai administrar a Câmara com ordem, dentro do Regimento.


O escritório político tem também o sentido de organizar um grupo de mulheres e jovens que gostem de política e almejem uma candidatura a prefeito ou vereador para que possamos renovar a Câmara e dar um exemplo ao Brasil como foi o nosso governo de 2001 a 2008.


Consideramos prefeituráveis; professora Vanda Andrade Pinheiro, vereador Jaldo Brandão, Sra. Margarete Chaves, professora Antonia Lúcia, vereador Nena Passos, Dr. Tião, Dr. Nesmar, Sr. Jordan Holenwerger, Sr. Flávio Costa. Espero que surjam outros nomes para que o povo possa indicar preferência nas pesquisas. Minha vontade é apoiar um nome que assuma o compromisso de administrar com transparência o dinheiro do povo.


Na próxima legislatura teremos treze vereadores, espero que a maioria seja composta por mulheres e jovens pensando no município e na melhor condição de vida para o povo, que descarte interesses pessoais.


José Andrade Mendonça


Presidente do Poder Legislativo Ipiauense