O AVAL DAS AUTORIDADES AO SILENCIO DA OI.

Os prejuízos causados pela Oi aos usuários dos seus já tradicionalmente péssimos serviços – campeão de reclamações no Procon – são um desses fatos absurdos e sem explicações. Não se deseja aqui abordar o imponderável, o incêndio que destroçou a incompetente empresa. Ela, porém, é responsável pelos usuários que conquistou sem ter qualquer planejamento para acionar mecanismos emergenciais, quando necessários. O resultado é que boa parte do interior baiano ficou silencioso, telefones das cidades e rede de internet, além do grande prejuízo sofrido pelo comércio e serviços justo no período natalino. Com o silêncio que se observou nas comunicações, não houve uma voz, uma sequer, de autoridade sobre a questão, cobrando uma solução urgente. Os cidadãos ficaram literalmente sem voz. A agência reguladora da telefonia também passou batida. O que aconteceu, afinal? Por que o silêncio das autoridades? A Oi contribuiu para caixinhas de campanha eleitoral e essa teria sido a razão? Não houve voz audível a partir dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O Legislativo tinha lá suas razões para o silêncio e embuste: os deputados trabalhavam na madrugada para se obsequiarem com um indecente aumento de 61% , num total desrespeito “a todos e a todas”, como os petistas se referem em discurso à platéia das ovelhas apascentada. Enfim, o caso da Oi é emblemático na medida em que ficou claro que a omissão virou regra. Devo dizer, o que muitos já estão fazendo, que estou transferindo todos os sistemas que utilizo para outra concessionária de serviço, dentro das regras da portabilidade. Até esta segunda-feira, bancos se queixavam de estar com seus sistemas fora do ar, sem funcionar, e o Bradesco tentava usar serviços via satélite para suprir o buraco negro que envolve a Bahia.







(Samuel Celestino

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