CAMPANHA PRÓ-ATEISMO É RECUSADA EM SALVADOR

A intenção da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) de investir numa campanha publicitária que coloca, em uma das peças, Hitler e Charles Chaplin lado a lado, juntamente com os dizeres “Religião não define caráter”, não será concretizada em Salvador. A ideia foi barrada pela Fast Mídia, empresa que comercializa os espaços nos ônibus da cidade. Segundo o gerente-geral da organização, que se identificou como Amaral, a peça foi enviada pela Atea para análise, mas foi reprovada. “Não vamos veicular com base na lei, porque no meu entender está clara a ofensa religiosa”, disse, citando o Decreto Municipal nº 12.642, de 2000, que regulamenta a publicidade pública. Diante da polêmica gerada, inclusive com o envio e recebimento de e-mails que chamavam Amaral de preconceituoso, ele pretende ir à Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) nesta segunda-feira(13). "Não consultei a Prefeitura porque a lei é bem clara, mas se me derem um documento por escrito, eu autorizo a veiculação na hora”, garantiu o empresário, que recusou o contrato por um período de um mês, no valor médio de R$ 4,5 mil. Segundo o secretário de Comunicação do município, Diogo Tavares, a Sucom não tem o caráter de analisar o conteúdo da publicidade. “No caso recente dos outdoors com a música do cantor Tomate, a Sucom foi acionada depois que as pessoas se sentiram ofendidas. Já neste caso, eu não sei o procedimento”, afirmou Diogo. O superintendente da Sucom, Cláudio Silva, foi procurado neste sábado (11) mas não atendeu às ligações da reportagem. Informações do jornal A Tarde.






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