O SONHO NÃO ACABOU( POR EGILDO BARBERINO)
O SONHO NÃO ACABOU.
Ainda prefiro pensar que: O SONHO NÃO ACABOU.
Ou então considerar que: QUEM ACABOU FOI O PESADELO. Acho que pensar assim anima mais aos futebolistas ipiauenses, tão saudosos de títulos para a nossa Cidade.
Estou parodiando minimamente o belo comentário escrito por nosso mais famoso comentarista esportivo, ex-craque, ORLINDO LOPES, no Jornal INFORME, O SONHO ACABOU, que muito bem reproduziu os sentimentos dos amantes do futebol ipiauense, com a desclassificação do ATLANTA, time que buscava vaga para disputar o Campeonato da Primeira Divisão do futebol baiano.
O sonho tão precipitadamente alimentado por alguns ilustres desportistas ipiauenses, Alípio, proprietário da Doce Mel; Catalão, Marcelo, Paulinho, Almiro, Jorge, Braulino, Joilson e demais entusiastas, assentou-se sobre bases pouco estáveis.
Foi tudo muito precipitado e imediatista. Queriam buscar resultados sem estudo e preparação. Achavam que, um time recheado de renomados atletas seria o suficiente para se conquistar o campeonato. Esqueceram-se de que outras equipes, igualmente, desejavam o mesmo objetivo. Esqueceu-se que toda grande caminhada, começa sempre pelo primeiro passo.
E de que, o primeiro passo, seria o PLANEJAMENTO. E dentro do Planejamento, estariam inúmeros componentes importantes como: TEMPO PARA PREPARAÇAO. Este, alem de fundamental é super-super decisivo.
De forma inocente e amadorística, e por que não dizer: EGOISTICA, diziam que “o tempo de preparação não influiria por tratar-se de jogadores profissionais!” Como que não influiria?
O ATLANTA tinha jogadores da Europa e diversos Estados brasileiros. Reunidos de ultima hora, jogadores chegando durante a competição, e o pior, o nosso Estádio Pedro Caetano, interditado por falta de condições para a realização desse tipo de competição, transferiu os MANDOS DE CAMPO para os desconhecidos gramados de Ilhéus e Jequié. Todo leigo sabe que, jogar dentro de casa tem uma significação importantíssima na conquista dos pontos.
O tempo pode ser um aliado quanto inimigo para o necessário ENTROSAMENTO. Sem entrosamento, sem o conhecimento e identificação da forma de jogar do colega, não se consegue PADRAO DE JOGO, nem presença consistente dentro de campo.
Os jogadores precisam de tempo não somente para entender de que forma cada um deles jogam, são os estilos próprios, quanto também, assimilar os planos e projetos do seu treinador, Sales, que por sinal, é muito competente.
O Treinador exige uma forma de jogar, para tanto, busca um time base. Precisa testar, observar e decidir-se por titulares e reservas. O treinador Sales, foi forçado a fazer isso durante o desenrolar da competição, daí considerarmos que tudo foi - exageradamente precipitado.
A condição física é outro componente indispensável. O condicionamento físico é quem vai ditar o ritmo de jogo e condições ideais para o jogador desenvolver suas potencialidades. Um time com condições físicas superiores aos demais concorrentes já o credencia para os melhores resultados de uma competição. Não adianta gritar e forçar o time a um ritmo ou reação se ele não estiver bem condicionado. Se as pernas não atendem, o pulmão não tem o ar necessário para o esforço exigido, “tchau e bênção!” é lona.
Se o condicionamento físico não atinge a 100%, reduz-se as chances da equipe ao bel prazer da sorte. Será preciso enfrentar adversários em piores condições para se alcançar sucessos. E isso o ATLANTA não encontrou. Os adversários para as fases mais decisivas prepararam-se com mais profissionalismo. E futebol não costuma admitir amadorismos, desorganizações, improvisações nem aventuras. Esses descaminhos são fatais.
A competição é muito dura, semelhante a que a nossa Seleção enfrentara no próximo INTERMUNICIPAL. Diga-se de passagem, também e igualmente, esta começando errado. Da mesma forma se precipitando. E porqu^^e? Falta de Usina. Usina quer dizer: Fabrica de atletas locais. E temos em Ipiau Usina que fabrica jogadores? A Usina tem, mas, desativaram. E onde fica ela? No Estádio Pedro Caetano: CAMPEONATO MUNICIPAL DE FUTEBOL DA CIDADE.
Não conheço formula melhor para se escolher uma boa seleção para o Intermunicipal. Depois desse passo, contratações de jogadores de fora, cobrindo as nossas deficiências com atletas disponíveis no mercado com maiores condições técnicas que os nossos. Essa formula, alem de eficiente é a mais barata, com a vantagem de que muitos dos jogadores já se conhecem, jogam juntos e ate já têm algum entrosamento.
A Liga Desportiva, ai esta, nada promove, nada explica. Quais seriam as causas? Quem poderia explicar?
Os motivos que afetaram ao ATLANTA, poderão também infectar a nossa Seleção ipiauense: PLANEJAMENTO. Esse é um mal fatídico. Esse não perdoa – DESCLASSIFICA.
Para nosso consolo, preferindo sermos otimistas, considero que o SONHO NÃO ACABOU. O que acabou mesmo foi o PESADELO daquela infantil inocência futebolística e empresarial do ATLANTA.
Prefiro acreditar que o ATLANTA quanto a nossa SELEÇAO PARA O INTERMUNICIPAL tenham apreendido a lição da humildade e organização: O TEMPO EH O TEMPO. Não ousem desafiá-lo.
Com PLANEJAMENTO continuaremos alimentando que: O SONHO AINDA NÃO ACABOU.
Que os Anjos digam AMEM.
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