Manifestantes fecham Centro de Arapiraca
(REPRODUÇÃO TV GAZETA/GLOBO) |
Enquanto nenhum incidente foi
registrado nos protestos contra as reformas trabalhista e previdenciária em
Maceió, nesta sexta-feira (28), na cidade de Arapiraca, a maior do interior,
manifestantes usaram da truculência e ameaça para invadir lojas, ameaçar
trabalhadores e empresários com foices e obrigar donos e gerentes de pequenos
negócios a fechar suas portas. Além disso, uma mulher disse a um radialista que
receberia dinheiro para participar do ato na cidade que fica a 128 km de
distância da capital alagoana.
A um repórter, uma desempregada
admitiu desconhecer os motivos da manifestação e disse que seria paga para
estar presente no protesto convocado pela CUT e pelo PT, com forte presença de
integrantes do Movimento Sem Terra, em Arapiraca.
A mulher disse ao repórter da
Rádio 96 de Arapiraca, Mitchel Torquato, que levou a filha de três anos de
idade para a manifestação, por não ter com quem deixá-la em casa, já que o
marido teria vindo tocar zabumba no ato. Na conversa gravada e publicada no
site Diário Arapiraca, a mulher é perguntada se a menina teria comido alguma
coisa, e responde: “Bolacha e picolé”.
AMEAÇA E DESRESPEITO
Um dos momentos mais tensos
ocorreu quando o protesto se aproximou da região onde fica a Concatedral Nossa
Senhora do Bom Conselho, no Centro de Arapiraca. Em frente à loja de produtos
agrícolas o grupo começou a ordenar o fechamento da loja e invadiram o estabelecimento.
Segundo o gerente da loja Coagro, alvo da intervenção, Edmilson Firmino, foi o
locutor do carro de som que determinou a invasão.
Um integrante do MST usou uma
foice para puxar para baixo a porta de uma loja, enquanto uma mulher tenta impedir,
antes de ceder à intimidação. A loja de presentes e brinquedos chamada Brinkz
também teve suas portas fechadas à força pelo mesmo grupo. E a proprietária
Tânia Lopes reclamou seus direitos a trabalhar.
“É um direito deles. Não tenho
nada contra, se querem protestar. Só que eu estava aqui no meu estabelecimento,
trabalhando. Não falei mal de ninguém, não sou contra. Apenas eu acho que é um
direito de quem quer trabalhar, trabalhar”, disse a dona da Brinqz, à
reportagem da TV Gazeta.
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