Comissão da Câmara deve votar reforma trabalhista nesta terça
A comissão especial da Câmara
destinada a analisar a reforma trabalhista deve votar o parecer do relator
Rogério Marinho (PSDB-RN) nesta terça-feira (25). O texto foi encaminhado ao
Legislativo pelo governo do presidente Michel Temer e propõe uma reformulação
nas regras trabalhistas.
O colegiado está reunido para
debater o relatório. Um pedido para retirada de pauta foi apresentado pela
deputada Bendita da Silva (PT-RJ) e recusado pela comissão. A expectativa de
Rogério Marinho é que o parecer seja votado pelos membros da comissão até o fim
desta tarde.
Inicialmente, o projeto da
reforma trabalhista tinha caráter conclusivo, ou seja, iria direto à apreciação
do Senado após aprovação na comissão especial da Câmara, sem necessidade de
passar pelo plenário principal da Casa.
Na última semana, porém, os
deputados aprovaram um requerimento de tramitação em regime de urgência. Com a
decisão, o texto que for aprovado pela comissão passará pelo plenário da
Câmara.
O projeto é considerado polêmico
e é alvo de críticas, principalmente da oposição. Até o início da sessão desta
terça-feira, 457 emendas, com sugestões de mudanças no relatório, haviam sido
apresentadas na comissão.
É possível, também, observar
resistência dentro da base aliada do governo. Na segunda (24), o líder do
governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que o ponto que trata do
fim da obrigatoriedade da contribuição sindical gera “um clima de muita tensão”
entre os aliados do Palácio do Planalto.
O texto do governo define pontos
da lei trabalhista que podem ser fruto de acordo entre empresários e
representantes dos trabalhadores, passando a ter força de lei. O relator,
porém, incluiu diversas mudanças. Entre elas a que trata da contribuição sindical.
Para ser aprovado no plenário da
Câmara, a reforma trabalhista precisa de menos votos que a reforma da
Previdência. O projeto exige o voto de maioria simples, ou seja, se 300
deputados estiverem em plenário, 151 votos são necessários para aprovar o
texto.
No caso da Previdência, por se
tratar de uma emenda à Constituição, são exigidos ao menos 308 votos favoráveis
do total de 513 deputados.
(Fonte: g1.globo.com)
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