O governo cubano está ameaçando cassar o diploma de profissionais do Mais Médicos que queiram manter seus familiares no Brasil, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Ainda de acordo com a publicação, outra forma de pressão tem sido reter em Cuba o médico que sai de férias (e que precisa obrigatoriamente passar o período na ilha). Ele só poderá retornar ao Brasil se, antes disso, o parente voltar para a ilha. Dos 14.462 profissionais que estavam trabalhando no Mais Médicos em dezembro de 2014, 11.429 (quase 80%) eram cubanos. Não há estimativa de quantos estão com as famílias no Brasil. Questionado sobre o tema pela Folha, o Ministério da Saúde informou que não pode interferir nas relações de trabalho do governo cubano com seus médicos. De acordo com a apuração da Folha, representantes do governo cubano têm dito que a medida é para prevenir eventuais deserções, o que já ocorre na Venezuela. Entre setembro de 2013 e o mesmo mês de 2014, mais de 700 médicos enviados por Havana para trabalhar na Venezuela desertaram, segundo a ONG americana SSF (Solidariedade Sem Fronteiras).
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