TSE marca para 6 de junho retomada do julgamento da ação da chapa Dilma-Temer
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O presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, marcou para 6 de junho a retomada do julgamento
da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer,
vencedora das eleições
presidenciais de 2014. No despacho, foram definidas quatro sessões para a
análise do processo, que serão realizadas nos dias seguintes.
A ação foi liberada ontem (15) para
julgamento pelo relator, ministro Herman Benjamin. A liberação para julgamento
ocorreu após a chegada da manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE) e
das alegações finais das defesas do presidente Michel Temer e da ex-presidenta Dilma Rousseff.
O novo parecer, feito pelo
vice-procurador eleitoral, Nicolau Dino, repete o posicionamento enviado ao TSE
em março, antes da interrupção do julgamento, quando o tribunal decidiu
conceder mais prazo para as defesas se manifestarem. De acordo com o procurador, além da cassação
da chapa, o tribunal também deve considerar a ex-presidenta inelegível por oito
anos.
Processo
Após o resultado das eleições de
2014, o PSDB entrou com a ação, e o TSE começou a julgar suspeitas de
irregularidade nos repasses a gráficas que prestaram serviços para a campanha
eleitoral de Dilma e Temer. Recentemente, Herman Benjamin decidiu incluir no
processo o depoimento dos delatores ligados à empreiteira Odebrecht
investigados na Operação Lava Jato. Os delatores relataram que fizeram repasses
ilegais para a campanha presidencial.
Em dezembro de 2014, as contas da
campanha da então presidenta Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram
aprovadas com ressalvas e por unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi
reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há
irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria
recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Lava Jato. Segundo
entendimento do TSE, a prestação contábil da presidenta e do vice-presidente é
julgada em conjunto.
A campanha de Dilma Rousseff nega
qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das
empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. A defesa
do presidente Michel Temer sustenta que a campanha eleitoral do PMDB não tem
relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem
conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.
(Fonte: Agência Brasil)
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