Governo revoga decreto que autorizava uso das Forças Armadas na Esplanada
Foto: Agência Brasil |
O presidente Michel Temer revogou
na manhã desta quinta-feira (25) o decreto de ontem que autorizava o emprego
das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal, em
especial na Esplanada dos Ministérios. O decreto de revogação foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.
A revogação foi publicada
enquanto o presidente Temer estava reunido no Palácio do Planalto com os
ministros Raul Jungmman, da Defesa; Eliseu Padilha, da Casa Civil; Moreira
Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da República; Antônio Imbassahy, da
Secretaria de Governo e com o general Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República.
Ontem, o objetivo do governo ao
autorizar a presença das Forças Armadas em Brasília era de garantir a
integridade dos prédios públicos na Esplanada dos Ministérios, bem como a
segurança de servidores que lá trabalham, depois que um grupo de cerca de 50
pessoas usando máscaras no rosto promoveu um quebra-quebra em meio à
manifestação Ocupa Brasília – contra o governo do presidente Michel Temer e as
propostas de reformas apresentadas pelo governo.
O decreto de quarta-feira foi
criticado pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg que, em
comunicado, se disse “surpreso” com a medida adotada pelo presidente Michel
Temer. Na nota, Rollemberg lamentou os episódios de violência que ocorreram
durante a manifestação, resultando em depredação do patrimônio público e
privado.
GLO
Conhecida como GLO, a Garantira
de Lei e da Ordem é regulada pela Constituição Federal e concede
provisoriamente aos militares a faculdade de atuar com poder de polícia até o
restabelecimento da normalidade.
Na quarta-feira, o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu a presença da Força Nacional
de Segurança na capital. O governo então determinou que tropas federais
protegessem os prédios da Esplanada dos Ministérios.
O Palácio do Planalto disse que a
decisão do presidente Michel Temer de usar as Forças Armadas foi tomada com
base na informação de que não havia policiais da Força Nacional suficientes
para atender à solicitação de Maia.
“[...] o Presidente da República,
após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo Presidente
da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no Artigo 142 da
Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a
integridade física das pessoas [...]”, diz um trecho da nota divulgada no
início da noite de ontem.
(Fonte: Agência Brasil)
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