Cresce violência contra pessoas LGBT; a cada 25 horas, uma é assassinada no país
Foto: Agência Brasil |
Em 2017, até o início deste mês,
117 pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) foram assassinadas
no Brasil devido à discriminação à orientação sexual. A informação é do Grupo
Gay da Bahia (GGB), que participa de programação sobre o tema durante toda esta
quarta-feira (17), Dia Internacional Contra a Homofobia.
O militante LGBT e membro
honorário do GGB, Genilson Coutinho, informa que o dia será marcado por debates
em diversos pontos de Salvador, como centros de apoio, para que a violência
contra LGBT's não seja esquecida e se torne alvo de medidas legislativas e
políticas públicas nos níveis municipal, estadual e federal.
O foco principal este ano será a
campanha, a ser lançada, no decorrer do dia, pelo site Dois Terços, de apoio a
pessoas LGBT, que vai denunciar a invisibilidade de quem tem alguma deficiência
ou necessidades especiais. Por estarem inseridas em dois contextos que geram
discriminação, sofrem, consequentemente, “dupla exclusão”.
Para Genilson Coutinho, a
crescente violência contra pessoas LGBT, pode ser atribuída a diversos fatores,
sobretudo à impunidade, porque não há nenhuma lei que torne crime esse tipo de
violência.
“Não há uma lei que criminalize a
homofobia no país, que faça com que as pessoas abram os olhos e desaprovem
isso. A impunidade fortalece a violência diária. O criminoso mata hoje e com um
habeas corpus é liberado. Isso institui a banalização, porque a cada 25 horas
um homossexual é assassinado no Brasil, a cada dia uma família é dilacerada
pela morte de filhos LGBT”, diz Coutinho.
(Fonte: Agência Brasil)
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