CNHs com código de segurança digital já estão sendo emitidas em todo o país
José Cruz/Agência Brasil
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Desde o começo do mês, as
carteiras nacionais de habilitação (CNH) brasileiras estão sendo emitidas com
um novo item de segurança para dificultar fraudes e falsificações, o QR Code
(do inglês, Código de Resposta Rápida).
Segundo o Departamento Nacional
de Trânsito (Denatran), cerca de 300 mil carteiras já foram emitidas em todo o
país desde 1º de maio. O velho modelo, sem código de barras bidimensional e
dados criptografados, será substituído gradualmente, à medida que os motoristas
forem renovando suas habilitações, que têm validade de cinco anos. A nova
carteira não exige a substituição das CNHs cujo prazo de validade não tenha
expirado.
De acordo com o diretor do
Denatran, Elmer Vicenzi, a nova tecnologia permite que a foto do documento
apresentado pelo cidadão seja comparada à imagem armazenada no banco de dados
do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach). A checagem pode ser
feita offline, permitindo que policiais rodoviários e outros agentes de
segurança usem a tecnologia mesmo quando estiverem em rodovias e estradas
distantes dos centros urbanos.
“O código permite a agentes de
segurança pública e a qualquer outra pessoa conferir a imagem da carteira de
motorista”, explicou Vicenzi, destacando que a nova carteira beneficiará também
as atividades econômicas nos quais a CNH é requisitada para comprovar a
identidade do portador, como bancos, estabelecimentos comerciais, entre outros.
“As informações que estão
disponíveis no QR Code são as mesmas informações biográficas disponíveis na
CNH, um dos principais documentos de identificação do cidadão. O QR Code é o
primeiro elemento de segurança para a conferência das fotografias, já que a modalidade
de falsificação mais comum é manter os dados biográficos [pessoais] do titular,
mudando apenas a foto. Agora, qualquer pessoa interessada pode conferir a
autenticidade do documento, o que traz segurança jurídica e agilidade aos
negócios."
O Denatran não prevê nenhum custo
adicional aos motoristas, mas, como a emissão da CNH é regulamentada pelos
estados, caberá às unidades da federação regulamentar a taxa a ser cobrada.
Desenvolvido pelo Serviço Federal
de Processamento de Dados (Serpro), o aplicativo (Lince) usado na leitura do
código digital está disponível para o sistema Android e iOS e pode ser baixado
no celular.
A diretora-presidenta da empresa
pública de tecnologia, Maria da Glória Guimarães, reforçou a amplitude do uso
da CNH, “um dos documentos mais seguros do país”. “Temos muitas utilizações
para esse documento e é um marco partirmos para um modelo digital, que
permitirá sua autenticidade.”
(Agência Brasil)
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