Sobradinho: Codevasf quer sistema de captação flutuante para atender agricultura irrigada

Com o nível do Lago de Sobradinho oscilando em torno dos 20%, índice apresentado nesta segunda-feira (6), de acordo com dados divulgados pela Chesf, a Codevasf discute junto ao Ministério da Integração Nacional a instalação de sistemas flutuantes de captação de água para atender os sete projetos de agricultura irrigada no entorno do reservatório. “Nós fazemos todos os levantamentos necessários para o projeto de sistemas flutuantes e em relação à energia elétrica, precisamos dobrar a demanda, o que já solicitamos à Coelba”, disse o titular da 6ª Superintendência Regional (6ª SR), Alaor Grangeon de Siqueira. De acordo com o superintendente, o sistema flutuante, que deverá utilizar de oito a dez bombas de 150 cavalos de potência, está orçado em R$ 10 milhões. Na última reunião para discutir a medida, realizada no último dia 31, em Brasília, com a presença do ministro Gilberto Occhi (Integração Nacional), o repasse da verba ainda não foi garantido pela pasta. “O ministro marcou uma nova reunião para o dia 14 de abril. Eu acho um pouco tarde, mas corremos para que seja feita alguma coisa efetiva”, disse Grangeon. De acordo com o gestor, os projetos de irrigação localizados a jusante (de Sobradinho até a foz do rio) funcionarão “tranquilamente” com a instalação do sistema. Já os projetos a montante (antes de Sobradinho), como o Senador Nilo Coelho podem ter dificuldade sem a alternativa de captação. “Nossa expectativa é resolver isso até o fim de maio”, informou. Grangeon apontou a ausência do Inema e do Comitê da Bacia do Rio São Francisco na reunião do dia 31. “Sem eles fica difícil definir qualquer ação”, aponta. Procurado pelo Bahia Notícias, o Inema afirmou em nota que “acompanha todas as ações sobre o Rio São Francisco e recebe os relatórios das reuniões” e que por ser de domínio da União, a gestão da bacia é feita por parte da Agência Nacional de Águas (ANA). O CBRSF ainda não se manifestou sobre a ausência.