Novo ministro de Dilma diz que CPI não é o instrumento mais eficaz para combater corrupção
Após assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, o novo ministro Pepe Vargas prometeu cumprir a missão de representar o governo nas relações com o Congresso Nacional. Ele substitui Ricardo Berzoini na pasta responsável pela articulação do Executivo com o Legislativo. Em seu discurso, Vargas ressaltou a importância de trabalhar para uma coalizão entre os partidos que dão sustentação ao governo, sem esquecer o diálogo “fundamental” com a oposição. Vargas comentou sobre a possibilidade de criar uma nova comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre as denúncias da Petrobras. Segundo ele, as CPIs não têm o mesmo papel que tiveram no passado, quando havia revelações em depoimentos, pois atualmente o depoente pode se manter calado durante toda a audiência. “Não vejo necessidade de uma CPI para ter eficiência no combate à corrupção. Acho que o Ministério Público [MP], a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal [PF] estão dando demonstrações claras de combate à corrupção. Então não vejo necessidade de CPI para fazer investigação de corrupção”, declarou, exemplificando que, em 2014, os trabalhos do MP e da PF conferiram mais “agilidade” ao processo. Deixando a pasta que ocupa no Palácio do Planalto para chefiar o Ministério das Comunicações, Berzoini se disse consciente de que a articulação política não é uma exclusividade da Secretaria de Relações Institucionais, e que todos os integrantes do governo têm a obrigação de dialogar com o Legislativo.
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