Dilma pode alterar Conselho da Petrobras para recuperar confiança de investidores

A série de denúncias de corrupção na Petrobrás motivou a presidente da República, Dilma Rousseff, a falar nesta segunda-feira (22) em alteração do Conselho de Administração da estatal na tentativa de recuperar a confiança dos investidores. Em 2011, quando assumiu a Presidência, o cenário para a Petrobrás era diferente e exigiu poucos ajustes nas sete indicações do Planalto para o conselho, que se manteve praticamente inalterado desde então. Ao todo, o colegiado tem dez membros. Das sete cadeiras nomeadas pela União, controladora da empresa, quatro estão diretamente subordinadas ao governo: os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior; o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho; e o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.O governo também separa uma vaga para a presidência da Petrobrás, hoje ocupada por Graça Foster. Os outros dois indicados não ocupam cargos no governo. Francisco Roberto de Albuquerque e Sérgio Quintella têm mandato até 2 de abril de 2015, mas podem ser substituídos pelo Planalto a qualquer momento, assim como os demais indicados. A principal dúvida hoje é quanto ao próximo presidente do conselho. No lugar de Mantega, na Fazenda, entrará Joaquim Levy. Mas Dilma já avisou que não é certa a substituição de um pelo outro na vaga. Tradicionalmente, a cadeira principal do conselho da Petrobrás é do ministro de Minas e Energia. Foi assim até a então titular da pasta, Dilma Rousseff, ser transferida em 2005 para a Casa Civil, após o escândalo do mensalão, substituindo José Dirceu. Apesar dessa mudança, ela foi mantida no comando do colegiado até deixar o ministério e ser eleita presidente da República.
(Estadão.conteudo)

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