‘É baixo o poder de desvendar crimes no nosso estado’, afirma Lídice da Mata
Candidata à governadora pelo PSB, a senadora Lídice da Mata
teceu diversas críticas à política da segurança Pública da Bahia, em
entrevista ao programa Acorda Pra Vida, da rede Tudo FM 102,5, nesta
sexta-feira (18). “É baixo o poder de desvendar os crimes no nosso
estado. Tem de se monitorar o alcance das metas mas, esse processo de
gestão foi insuficiente, não conseguiu dar resultados. É preciso mudança
de concepção de segurança pública. Tem de ter um conceito de proteção
do cidadão”, apostou. A postulante criticou também a cobrança na
polícia, a partir da ação desastrosa na cidade de Amargosa, que resultou
na morte de uma criança de um ano de idade.
“A preparação dos policias militares é frágil, da polícia civil é
frágil também e essas pessoas vão para as ruas sob forte pressão”,
ponderou. O tema segurança veio à baila após o primeiro debate entre os
candidatos ao governo do Estado, realizado nesta quinta-feira (17). A ausência do candidato do PT,
Rui Costa, foi criticada pela senadora. “Para mim foi muito bom ver o
auditório repleto. A ausência de Rui [Costa] foi lamentável. A ausência
de qualquer candidato diminui a participação, frustra um compromisso que
tem de ser de todos nós. Ele perdeu uma boa oportunidade de se expor. O
candidato tem de ter coragem. Não participar é um ponto negativo.
Talvez o tema tenha tirado Rui da ideia de participar. Infelizmente
porque esse seria o tema que ele deveria mostrar e falar mais”,
externou. Sobre o polêmico projeto da Polícia Militar, que deve ser
votado na Assembleia Legislativa no início de agosto, a socialista
prometeu que, caso seja eleita, vai revogar a Lei que altera o
comandante em chefe da Polícia. “O governador está abrindo mão de uma
posição que é sua de força suprema. Eu acho que isso é uma sinalização
negativa. Você faz uma mudança na estrutura da polícia militar e luta
para que ela ocorra no Congresso Nacional ou você assume de perto. E
esse é o meu compromisso. Estive com consultores de segurança pública de
todo o país. Nós aqui na Bahia fizemos um programa chamado Pacto Pela
Vida inspirado no governo de Eduardo Campos, em Pernambuco. Porque lá
deu certo e aqui não deu? Porque o compromisso de Eduardo de conduzir
essa questão pessoalmente levou-o a constituir nos primeiros dias de
governo uma assessoria de segurança pública. No primeiro ano de governo
passou-se quatro meses se debatendo no governo inteiro um projeto que
resultou no programa. A presença do governador fazia com o Legislativo e
Judiciário, assim como Defensoria e Ministério Público, atuassem mais
de perto”, exemplificou.
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