05 dezembro, 2025

PRF em Rondônia, juntamente com a Polícia Civil e Polícia Militar, apreende mais de 130 kg de droga

Rondônia, 05 de dezembro de 2025 - A Polícia Rodoviária Federal (PRF), nesta quinta-feira (04), em conjunto com as Polícias Civil e Militar de Rondônia, apreendeu 132,5 kg de maconha na BR-364, km 240, no município de Cacoal. A operação teve início após o recebimento de denúncia anônima de que um veículo pequeno transportava uma grande quantidade de entorpecentes. Com base nas informações, as equipes operacionais da PRF com apoio do PATAMO e da Patrulha Rural abordaram o condutor que tentou destruir seu aparelho celular.

Os agentes observaram que, durante o trajeto, o carro de passeio era seguido por uma caminhonete, o que motivou a interceptação desta na área urbana de Cacoal. Na inspeção, foi encontrada uma antena Starlink, similar à do primeiro veículo, e na carroceria, sacos contendo tabletes com odor e características compatíveis com maconha. O condutor da caminhonete confessou o modus operandi e que os veículos agiam em conjunto no transporte da droga.

Três pessoas foram detidas, incluindo dois ocupantes do primeiro veículo e o condutor da caminhonete, sendo todas qualificadas por tráfico de drogas. Os veículos e os detidos foram encaminhados à Polícia Civil no município.
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Justiça e Segurança

PRF apreende 150 mil maços de cigarros em Campo Grande (MS)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 150.000 maços de cigarros, nesta sexta-feira (5), em Campo Grande (MS).

Os policiais fiscalizavam na BR-262, quando deram ordem de parada ao motorista de um caminhão. O condutor não obedeceu e iniciou fuga. Foi realizado o acompanhamento tático até que o motorista parou e foi detido.

O homem confessou que transportava cigarros de origem estrangeira. No compartimento de carga foram encontradas as caixas da mercadoria. O preso disse que levaria o cigarro de Ponta Porã até Campo Grande.

A ocorrência foi encaminhada à Polícia Federal em Campo Grande (MS).

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Justiça e Segurança

PRF em Rondônia apreende mais de 500 quilos de entorpecentes em caminhão

Rondônia, 05 de dezembro de 2025 - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Rondônia, nesta manhã (05), realizou uma grande apreensão de drogas, na BR-364, km 1, em Vilhena. Após dar ordem de parada à Combinação de Veículos de Carga (CVC), a equipe policial iniciou os procedimentos de fiscalização, a partir do emprego de técnicas de entrevista.

Diante do comportamento suspeito do motorista, a equipe procedeu à inspeção do compartimento de carga, onde foram localizadas diversas caixas de papelão que estavam escondidas atrás de paletes vazios. Dentro delas foram encontrados aproximadamente 511 kg de substâncias entorpecentes de diferentes tipos.

A carga ilícita consistia em 377,82 kg de skunk, 1 kg de haxixe e mais de 132 kg de cocaína/cloridrato de cocaína. O indivíduo, detido pelo crime de tráfico de drogas, foi encaminhado à Delegacia da Polícia Federal no município para os procedimentos cabíveis.
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Justiça e Segurança

Centrão e aliados de Tarcísio desconfiam de anúncio de Flávio como candidato a presidente: 'Blefe'

Entorno de Tarcísio fala em ‘balão de ensaio’ e ‘teste’, mas avalia que candidatura de Flávio é conveniente porque tira o governador do foco

Foto: Jefferson Peixoto/Agência Brasil/Arquivo
Dirigentes partidários do Centrão e aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos) receberam com ceticismo a informação de que Jair Bolsonaro (PL) escolheu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como seu candidato à Presidência em 2026.

Flávio avisou ao Partido Liberal e ao governador de São Paulo que sua pré-candidatura foi aceita pelo seu pai. A informação foi antecipada pelo site Metrópoles e confirmada pelo jornal Estado de São Paulo.

Tarcísio está no Rio de Janeiro, onde participa ao lado de outros governadores do encontro realizado pelo Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). Ele participou de uma coletiva à imprensa no início da tarde, mas o assunto não foi abordado. O governador ainda não se manifestou sobre o tema.

O próprio Flávio foi às redes sociais comunicar a decisão, que teria sido tomada durante visita dele a Bolsonaro na última terça-feira, 2. O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal desde 25 de novembro, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe.

O anúncio pegou aliados de Tarcísio de surpresa. Três pessoas próximas ao governador avaliam que se trata de um “blefe” ou “balão de ensaio” para pressioná-lo a aceitar condições defendidas pela família, como um vice com sobrenome Bolsonaro ou a filiação ao PL.

Os dois movimentos são rechaçados pelo governador. A leitura é que um vice da família traria rejeição para a chapa e aumentaria o risco de derrota para Lula (PT), além de reforçar a narrativa do PT de que Tarcísio é marionete de Bolsonaro. Já a filiação ao PL, como mostrou o Estadão, não está no radar de Tarcísio, que prefere permanecer no Republicanos. O partido presidido por Marcos Pereira já começou a investir na estrutura da campanha para 2026.

Outros dois aliados próximos de Tarcísio, um do PSD e outro do PL, avaliam que o movimento de Bolsonaro é, na verdade, um teste; como se o ex-presidente quisesse medir até onde a candidatura de Flávio pode ir antes de bater o martelo e mandar Tarcísio para o “sacrifício”.

Para essas duas fontes com acesso direto ao governador, é uma jogada de “ganha-ganha”. Se Flávio mostrar fôlego, Tarcísio não precisa abrir mão de uma reeleição confortável em São Paulo para entrar em uma disputa nacional arriscada contra Lula. Se Flávio não decolar, e ficar restrito ao bolsonarismo, a exposição em torno de seu nome pode virar ativo na disputa ao Senado pelo Rio e, ao mesmo tempo, servir de moeda de troca mais adiante, quando o cenário eleitoral estiver mais claro.

Nessa leitura, o movimento de Bolsonaro é bem-visto pelo entorno do governador porque tira Tarcísio do foco e reforça seu discurso de candidato à reeleição. Desde que ele ganhou força como possível sucessor de Bolsonaro, virou alvo frequente do PT. Ao mesmo tempo, a opção por Flávio neste momento não fecha as portas para um entendimento futuro entre os partidos de centro e centro-direita que volte a colocar Tarcísio no tabuleiro presidencial.

Seja qual for a motivação de Bolsonaro ao anunciar Flávio, todas essas fontes ouvidas reservadamente concordam em um ponto: o senador é considerado um candidato mais fraco para enfrentar Lula e, se de fato concorrer, aumentará as chances de reeleição do petista. Dirigentes de partidos de centro-direita ainda avaliam que Flávio teria dificuldade de agregar o centro em uma possível candidatura, o que não aconteceria com Tarcísio.

Na semana passada, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, criticou Tarcísio e disse que o governador “exagero um pouco” nos gestos em direção ao bolsonarismo e que não poderia se apresentar como um candidato bolsonarista. Kassab e a família Bolsonaro têm uma relação conturbada, embora tenham firmado uma trégua nos últimos meses.

Horas após o anúncio de Flávio, o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, publicou uma mensagem nas redes sociais na qual indica não ter gostado da indicação de Bolsonaro.

“Os últimos acontecimentos apenas reforçam o que sempre defendemos: em 2026, não será a polarização que construirá o futuro, mas a capacidade de unir forças em torno de um projeto sério, responsável e voltado para os reais interesses do povo brasileiro”, escreveu ele no X. Também há dúvidas sobre o apoio do PP, que tem federação com União Brasil, e do Republicanos.

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Por Bianca Gomes/Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

Auditores do trabalho acusam Marinho de fragilizar combate a trabalho análogo à escravidão

Ministro do Trabalho quer recorrer de decisão judicial que incluiu empresas na lista suja do trabalho escravo

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo

Cerca de 390 auditores fiscais do trabalho (a totalidade da categoria) paralisaram suas atividades em protesto contra as ações do ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, acusando-o de fragilizar o combate ao trabalho análogo à escravidão e assediar moralmente os servidores públicos.

O movimento é uma resposta direta às interferências do ministro, segundo os auditores, que beneficiaram empregadores flagrados pelos fiscais.

O estopim do protesto foi a decisão do MTE de recorrer da sentença da Justiça do Trabalho, proferida na última terça (2), que determinou a inclusão imediata da JBS Aves e de outras duas empresas (Santa Colomba Agropecuária e a Associação Comunitária de Produção e Comercialização do Sisal, Apaeb) na chamada lista suja do trabalho escravo.

Na sentença, a juíza Katarina Mousinho de Matos, da 11ª Vara do Trabalho de Brasília, determinou que a JBS Aves e as demais empresas fossem imediatamente incluídas na lista. A magistrada reforçou que, existindo decisão administrativa final por infração de trabalho análogo à escravidão, a inclusão é obrigatória, e que não pode haver "filtros adicionais ou exceções casuísticas".

A crise na Inspeção do Trabalho se intensificou após Marinho usar o poder de "avocação" para tomar para si processos administrativos que já haviam concluído pela inclusão de empregadores na lista suja.

Os auditores classificam essa ação como "indevida" e citam que ela cria uma instância recursal administrativa extra, que não segue critérios técnicos de Inspeção ao Trabalho.

Segundo Rodrigo de Carvalho, da Associação Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, "nem nos governos mais contrários à fiscalização o recurso da avocação por parte do ministério ocorreu". "É quase surreal que o cerceamento ocorra justamente pelo Partido dos Trabalhadores", afirma.

Segundo ele, os processos de avocação correm em sigilo, mas haveria outros 14 que o MTE estaria querendo controlar.

O caso mais notório envolveu a JBS Aves, que foi inicialmente retirada da lista após Marinho decidir reavaliar seu processo pela consultoria jurídica do ministério. A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a citar a "relevância econômica" da JBS como justificativa para a avocação. Além da JBS, Marinho suspendeu a publicação da lista envolvendo as outras duas empresas.

A decisão judicial de terça foi uma derrota para o ministro. A juíza Matos classificou a ação do MTE como uma "tentativa de obstrução do cumprimento da sentença" e afirmou que os argumentos usados (como a relevância econômica citada pela AGU) comprovam que o parecer não seguiu critérios técnicos ou jurídicos, mas sim "econômicos e políticos".

Ela destacou que a invocação do porte econômico da empresa autuada configura um tratamento diferenciado e um "regime de exceção para grandes empresas".

A reportagem pediu posicionamento ao MTE, mas não recebeu resposta até o momento.

Os auditores fiscais que suspenderam a fiscalização afirmam que não realizarão "novas operações de combate ao trabalho escravo em âmbito nacional e regional", embora as operações já iniciadas serão concluídas.

O caso teve início no ano passado, quando uma operação federal encontrou dez pessoas trabalhando em condições análogas à escravidão em uma empresa responsável por carregar e descarregar cargas para uma unidade avícola da Seara (empresa da JBS), no Rio Grande do Sul.

Segundo os investigadores, os trabalhadores foram submetidos a turnos de até 16 horas e estavam alojados sem acesso a água potável. Além disso, a empresa contratada também havia feito descontos nos salários, o que dificultava a demissão dos trabalhadores.

Em agosto, os fiscais decidiram que a JBS era responsável pelas condições no local, pois não realizou diligências que garantissem que a empresa terceirizada assegurava o mínimo por lei aos trabalhadores.

Em nota, a JBS disse que a Seara encerrou o contrato e bloqueou o prestador de serviços assim que tomou conhecimento das denúncias. Disse também que contratou uma auditoria externa para checagem da documentação dos trabalhadores de empresas terceiras

Já a Apaeb disse, também em nota, que é um grupo sem fins lucrativos, que trabalha desde 1980 para melhorar a vida de pequenos produtores rurais no sisal e que não possui fazendas do produto. A Santa Colomba não se manifestou.
Por Fernando Canzian/Folhapress

Decisão de Gilmar reacende ofensiva do Congresso para limitar poder do STF que estava adormecida

A medida liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que torna mais difícil o impeachment de ministros da Corte reacendeu a ofensiva de propostas para limitar o poder do STF, que andava apagada no Congresso.

As proposições que miram o Supremo se empilham no Legislativo há anos – são 31 propostas de emenda à Constituição (PEC) protocoladas na Câmara e no Senado na última década, segundo levantamento do Estadão. Algumas delas, no entanto, voltaram à discussão no Legislativo desde a quarta-feira, 3, com o passo dado do outro lado da Praça dos Três Poderes.

Gilmar retirou de “todo cidadão” o direito de denunciar um crime de responsabilidade contra um ministro do STF e limitou a denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR). O quórum para o afastamento de um ministro foi alterado para dois terços do Senado (54 dos 81). Até então, o processo de impedimento de um juiz do STF avançava por maioria simples dos votos.

Horas depois da decisão, o bolsonarismo cerrou fileiras contra Gilmar. A bancada do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados convocou uma coletiva de imprensa para pedir que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautasse projetos para frear a Corte.

O líder da oposição, Luciano Zucco (RS), afirmou que o decano “ultrapassou todos os limites” e que a Câmara precisa pautar medidas como o fim das decisões monocráticas, mandatos para o Supremo e a imposição de limites à atuação dos ministros.

Já o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (RN), disse que a “blindagem” feita por Gilmar é uma precaução a uma eventual maioria bolsonarista no Senado a partir da próxima eleição.

O partido de Jair Bolsonaro (PL) tem como plano eleger uma superbancada para conseguir contra-atacar o STF e aprovar impeachment de ministros. Os bolsonaristas enxergam a Corte como inimiga desde os inquéritos para investigar ataques virtuais e atos antidemocráticos, desde 2019, e mais recentemente por condenar o ex-presidente à prisão por tentativa de golpe de Estado.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) também protestou e começou a articular pela aprovação de alguma proposta como reação ao Supremo. Ele usou o episódio para defender, mais uma vez, uma alteração do regime das decisões monocráticas.

“Não é, no mínimo, razoável que uma lei votada em duas Casas Legislativas e sancionadas pelo presidente da República seja revista pela decisão de um único ministro do Supremo Tribunal Federal. Para tanto, deve ser exigível a decisão colegiada da Corte, instância única e última para se declarar a constitucionalidade ou não de uma lei vigente”, enfatizou no dia em que a decisão de Gilmar foi divulgada.

Ele se refere a uma PEC de autoria do senador Oriovisto Guimarães (PSDB-PR), aprovada no Senado e travada na Câmara. O então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deu o primeiro empurrão para ela tramitar na Casa em 2024, mas logo recuou.

A ofensiva do Congresso contra o STF ganhou força naquele ano, quando a deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC) assumiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Ela contou com a ajuda de Lira, que desengavetou PECs contra a Corte após o STF formar maioria no plenário para manter a decisão do ministro Flávio Dino de suspender as emendas parlamentares ao Orçamento.

Uma das PECs trata de limitar as decisões monocráticas de ministros e tem o patrocínio de Alcolumbre. A segunda dá poder ao Congresso de sustar decisões da Corte. Ambas as propostas foram aprovadas na Comissão, mas logo foram travadas.

Também sob comando de De Toni, a CCJ da Câmara aprovou dois projetos de lei que facilitam a abertura de processo de impeachment contra ministros do Supremo.

O atual presidente da CCJ, Paulo Azi (União-BA), é um dos defensores de que a PEC das Decisões Monocráticas avance como reação à liminar do ministro Gilmar Mendes. “O ato não atinge apenas as prerrogativas do Senado Federal; vai muito além disso. Ao impedir que o verdadeiro senhor da democracia, o povo, possa propor ações contra seus integrantes por crime de responsabilidade, a decisão atinge cláusula pétrea da Constituição que protege os direitos fundamentais do cidadão”, afirmou.

Nesta quinta-feira, 4, Alcolumbre disse que iria conversar com Motta sobre a tramitação da PEC das Decisões Monocráticas. Os dois presidentes têm a seu dispor um arsenal de propostas que podem, entre outras coisas, impor um mandato a ministros do Supremo, submetê-los a nova análise do Senado para recondução ao cargo a cada oito anos e até tirar a prerrogativa do presidente da República de nomear os integrantes da Corte.

A característica das PECs protocoladas mudou nos últimos anos: se antes focavam em questões técnicas, como critérios para a composição da Corte, estipulação de mandatos de ministros e prazos para pedidos de vista, o embate de integrantes do tribunal com a bancada bolsonarista no Congresso levou a tentativas de reduzir o poder e a influência dos membros do STF.

Entre 2016 e 2018, antes de Jair Bolsonaro ajudar a eleger uma bancada de mais de 50 parlamentares do então nanico PSL na Câmara, 19 PECs haviam sido propostas para reformar o Judiciário, mas nenhuma delas visava combater a influência do Supremo. Naquele período, a crise política envolvendo o futuro de Dilma Rousseff e a Operação Lava Jato, que atingiu em cheio a classe política e levou o futuro de parlamentares ao plenário do STF, foram o principal combustível para essas proposições.

Com a atuação da bancada bolsonarista a partir de 2019, quando a Corte se opôs ao governo de Bolsonaro, as proposições se voltaram contra o poder dos magistrados que interferiam no projeto político do então presidente. Das 11 PECs propostas, cinco têm como alvo a capacidade decisória dos ministros.

Chris Tonietto (então PSL-RJ, agora no PL), Eduardo Costa (PTB-PA, agora no PSD), Domingos Sávio (PL-MG) e Reinhold Stephanes (PSD-PR) são autores de propostas para permitir ao Congresso cassar decisões individuais do STF que “extrapolem os limites constitucionais”.

Celso Sabino (então no PSDB-PA e hoje ministro do presidente Lula pelo União Brasil) tentou restringir as hipóteses de prisão em flagrante de parlamentares e vetar o afastamento do mandato por decisão judicial após Alexandre de Moraes mandar prender Daniel Silveira (então PSL-RJ) por ameaças a membros do Supremo. A proposta ficou conhecida como “PEC da Imunidade Parlamentar” e “PEC da Blindagem”, numa mostra do corporativismo parlamentar contra ações do STF.

Bia Kicis (então PSL-DF, agora no PL), por sua vez, quis extinguir a “PEC da Bengala”, baixando a idade máxima do funcionalismo para 70 anos e aposentando compulsoriamente os ministros mais velhos. A medida, se aprovada, permitiria que Bolsonaro pudesse indicar mais nomes ao Tribunal e preencher quase metade da Corte com aliados.

Por Guilherme Caetano e Levy Teles/Estadão Conteúdo

Alcolumbre se irrita com Paulinho da Força por ação sobre impeachment no STF e amplia dificuldades do PL da Dosimetria

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, demonstrou forte irritação com o deputado Paulinho da Força, autor da ação que levou o ministro Gilmar Mendes a conceder uma liminar limitando pedidos de impeachment contra ministros do STF. A notícia da decisão chegou enquanto ambos estavam reunidos na residência oficial do Senado, em um encontro que tratava de assuntos do Amapá. A proximidade entre os dois aumentou o desconforto de Alcolumbre ao descobrir que o instrumento jurídico havia sido elaborado pelo próprio Paulinho. A reportagem é do jornal O Globo.

Horas depois, no plenário, Alcolumbre classificou a liminar como uma “grave ofensa à separação dos Poderes”, reforçando o mal-estar político criado pela situação. O episódio aprofunda a dificuldade já existente no andamento do chamado PL da Dosimetria, do qual Paulinho é relator. A proposta pode reduzir penas de envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro e potencialmente beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro — um ponto que divide diferentes partidos.

Paulinho da Força, que vem tentando articular um texto de consenso desde setembro, enfrenta resistência dentro e fora do Senado, inclusive do próprio Alcolumbre. Apesar de ter procurado praticamente todas as principais siglas — PL, PT, União, PP, Republicanos, MDB, PSD, PSDB, Podemos, Solidariedade, Avante, PRD e Novo — o projeto pouco avançou, acumulando impasses políticos e ampliando o desgaste do parlamentar.

PF deflagra operação contra migração ilegal

Operação Alpha prende líder de grupo que ameaçava familiares de vítimas, bloqueio de bens chega a R$ 23,7 milhões
Governador Valadares/MG. A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (5/12), a Operação Alpha para desarticular um grupo responsável pela migração ilegal de pelo menos 220 pessoas para os Estados Unidos.

Foi cumprido um mandado de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Governador Valadares/MG, Itanhomi/MG e São Paulo/SP. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados no montante de R$ 23,7 milhões.

A investigação apura a atuação de um grupo que utilizava rotas pela América Central e México. Segundo a apuração, os responsáveis ameaçavam familiares das vítimas no Brasil para cobrar pagamentos e utilizavam contas de terceiros para movimentar os recursos. O esquema contava com uma rede de apoio nos EUA para receber os migrantes e pagar os "coiotes".

Os investigados poderão responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, ameaça e lavagem de dinheiro.
Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais.
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Suspeito de estuprar os filhos é preso pela Polícia Civil em Correntina

O último episódio violento ocorreu no dia 22 de novembro deste ano. Na ocasião, o investigado chegou à residência embriagado e forçou a vítima menor de idade a praticar atos sexuais.

O histórico de violência doméstica, familiar e abusos sexuais contra os próprios filhos levaram um homem de 45 anos à prisão, nesta quinta-feira (4), em Correntina, na região Oeste da Bahia. O suspeito foi localizado em casa, na zona rural do município, atendendo a uma ordem judicial solicitada pela Delegacia Territorial local.

As apurações detalharam a prática de crimes de estupro e estupro de vulnerável contra os dois filhos, uma mulher de 20 anos e um adolescente de 14 anos de idade. O último episódio violento ocorreu no dia 22 de novembro deste ano. Na ocasião, o investigado chegou à residência embriagado e forçou a vítima menor de idade a praticar atos sexuais.

O inquérito apontou que o genitor utilizava uma arma de fogo para ameaçar de morte os familiares e garantir o silêncio sobre os abusos. O histórico do investigado inclui registros anteriores de denúncias sobre violências sexuais e ameaças com uso de armamento artesanal e armas brancas, datados de 2022 e 2023.

Diante da gravidade dos fatos e da continuidade delitiva, a Polícia Civil representou pela prisão temporária e pela busca e apreensão domiciliar. O Poder Judiciário acolheu o pedido e expediu as ordens. Após o cumprimento dos mandados, o homem foi conduzido à unidade policial e permanece à disposição da Justiça.
Fonte
Ascom - PCBA/ Andrei Sansil

04 dezembro, 2025

Idoso de 80 anos é preso em flagrante por estupro de vulnerável em Poções

Um idoso de 80 anos foi preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável, na noite desta quarta-feira (3), no município de Poções. A ação foi realizada pela Delegacia Territorial , após a unidade ser acionada pela mãe da vítima e pelo Conselho Tutelar.

A vítima, uma criança de 7 anos, possui vínculo de parentesco com uma pessoa próxima ao suspeito. Segundo as investigações, o flagrante foi motivado por abusos constantes, inclusive ocorridos na data da prisão. A criança passou por escuta especializada, e o relatório, corroborado por dois vídeos apresentados à polícia, confirmou que o idoso tocava a vítima de forma criminosa.

De acordo com o delegado titular da unidade, Marcus Vinicius, o homem agia de forma reiterada. "Ele usava um artifício comum para atrair as vítimas em casos de pedofilia: oferecia constantemente doces e pequenos valores em dinheiro para mantê-las por perto, além de fazer ameaças para que não contem o fato para outras pessoas", detalhou.

O investigado é reincidente; ele já havia sido preso em flagrante em 2023, após tocar de forma inadequada outra vítima. O homem segue custodiado à disposição do Poder Judiciário. A criança passou por atendimento psicossocial e será acompanhada pela rede de proteção municipal, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Fonte
Pedro Moraes / Ascom PCBA

PF deflagra operação para combater crimes eleitorais em Divino São Lourenço/ES

Cachoeiro de Itapemirim/ES. A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (4/12), a Operação Zona Suspeita, com o objetivo de combater crimes eleitorais no município de Divino São Lourenço/ES.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em domicílios de investigados nos municípios de Divino São Lourenço, Guaçuí, Alegre e Vila Velha, todos no Espírito Santo.

As investigações tiveram início após denúncia de que vários eleitores estavam transferindo o título para Divino São Lourenço em troca de benefícios.

Durante a ação, foram apreendidos aparelhos celulares, os quais serão encaminhados à perícia e analisados para aprofundar as investigações e identificar eventuais outros partícipes do crime.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral e transferência irregular de eleitores.

Assessoria de Comunicação Social

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PRF em Rondônia, juntamente com a Polícia Civil e Polícia Militar, apreende mais de 130 kg de droga

Rondônia, 05 de dezembro de 2025 - A Polícia Rodoviária Federal (PRF), nesta quinta-feira (04), em conjunto com as Polícias Civil e Militar ...