Em meio à votação da proposta que acaba com o voto obrigatório no Brasil, parte das discussões sobre a reforma política, um grupo de deputados federais realizou uma manifestação na noite desta quarta-feira (10), no plenário da Câmara, contra o protesto realizado na Parada LGBT de São Paulo, na qual uma atriz transexual interpretou uma crucificação. Com cartazes, os parlamentares rezaram o “`Pai Nosso”, em meio a gritos de “Viva a família”. Autor do projeto de lei que criminaliza a “Cristofobia”, tornando o ultraje, impedimento ou perturbação de cultos religiosos crime hediondo, o líder do PSD na Casa, Rogério Rosso (DF), foi um dos deputados a se manifestarem em tribuna sobre o caso. Rosso afirmou que a “crucificação” conseguiu, de forma inédita, “unir as religiões, unir os cristãos, unir os católicos, evangélicos” e afirmou que o ato ocorrido na Parada LGBT é “o contrário da tolerância, o contrário do amor”. “As pessoas que têm fé não merecem conviver com isso”, concluiu o social-democrata. Antes do retorno da votação, o deputado Roberto Freire (PPS-SP) se posicionou sobre o protesto na Câmara. “Não pode aqui ter nenhuma crença”, destacou, recebendo vaias. “Estou querendo respeito a diversidade e, mais do que isso, respeitem a república laica brasileira”, acrescentou.
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